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Perguntei-lhe porque estava a dar de comer às pombas e ele respondeu-me que também elas têm fome.
Perguntei-lhe se sabia que há uns anos, ali perto, alguém tinha sido multado por o fazer.
Não só se recordava do sucedido como sabia que essa imposição legal derivava do facto de pombos e pombas serem portadores de doenças.
Com as migalhas do pão integral (cuja côdea ontem comeu, e nada mais, até porque o pão não era "mesmo" integral e ele é há 30 anos lacto-ovo-vegetariano e não imune às doenças) passou de uma das sete obras de misericórdia corporais (dar de comer a quem tem fome), contrária a vários pecados mortais (avareza, gula e preguiça), para um novo pecado a propósito de modernos "demónios": poluição.
Agradeci-lhe ter-me recordado uma infância.