
uns dias o tempo é suporte
outros dias suporta-se...

dou-te o meu reino, faço-te rei e rainha e vida; afasto o necessário do suficiente, o desejável do suportável; troco o vazio pelo cheio, o cheiro pelo toque; mudo o respirar para o palpitar. e danço.
depois de descer muitas vezes, decidiu que era tempo de subir. enquanto andava de costas, a mudança de sentido, na direcção de um destino não escolhido, era difícil; olhou para o céu, contou as estrelas e apostou quantos cravos iam nascer: oito! contou três candeeiros e cinco telemóveis. mas eram nove se contasse com a ferradura pendurada nas costas da porta... tropeçou-se e caíu na esquina.