26.11.08

ano isabelino










com os vários dias fez-se um ano, com os vários anos far-se-á al.

23.11.08

rasganço

não fale,
escreva.
não escreva.
pense.
mas não pense
sem fazer.

ou então rasgue.

22.11.08

cinzentinices








pedimos desculpa por esta interrupção, os "dias" seguem dentro de momentos
...

19.11.08

solarengos





já podem ter sido, hoje são ruínas em caminhos feitos se [formos] apontados.

17.11.08

dentirrostro





do voo assombrado de uma sombra de uma sombria saltou uma pergunta sombreada: que unidade usar para contar um Homem? uma pedra? e quem é o primeiro a contar? e a tirar? ou atirar?

12.11.08

necessários dualismos


tempos de vozes alinhadas ao pensamento? linhas paralelas ou concorrentes, em outros casos, secantes ou tangentes? o simultâneo assusta nestes últimos tempos...

11.11.08

a união faz a forca



o que adianta serem/sermos muitos se estão/estamos presos?

10.11.08

saudações



também aqui os dias podem não ser bons mas aqui diz-se sempre "bons dias" mesmo depois dos dias...

8.11.08

monólito

é com uma arte colectiva, como o teatro, o cinema ou a família, que a (ao) partir de várias pedras cria-se a ilusão da obra única, erigida a partir de uma só pedra. a qual não temos que compreender, suspeitá-la já é ser pedra.

7.11.08

obscura idade


ao dia em que deixámos de aqui estar e que não sabemos que dia é mas sabemos que foi.

seria noite?

6.11.08

Eppur Si Cresce!


os de cabeças (e narizes...) no ar são perdulários e incrédulos: o dinheiro pode crescer aos nossos pés, dependendo da nossa atenção e não da nossa imaginação.

4.11.08

entre o preto e o branco

e quando finalmente conseguiu abrir, entrar, olhar e sair, percebeu que para fechar a porta tinha que ter a chave do lado de fora; a porta, que não tinha nesgas outras para além das rugas, era impedimento para incluir essa chave no não existente que tinha sido construído / decidido. moral da "tisana": são as chaves que determinam onde iniciamos o nosso passado e não as mãos que as giram.

3.11.08

1.11.08

dias de flores também

com o passar dos dias somos os nossos próprios semelhantes mesmo ausentes, mesmo casualmente, mesmo zelosamente somos porque foram, somos para serem, somos para verem mesmo que já não se recordem