30.6.08

são maçãs vermelhas, senhor



os meus pecados originais (re)começam a cada segunda-feira.

25.6.08

desperdício [s]

há dias em que (nos) encontramos o contrário; há dias em que as fontes secam; há dias em que os bueiros são nascentes; há dias em que as fontes invertidas são mais do que letras de pernas para o ar: há dias.

20.6.08

um divã colectivo, pf


os meninos voltaram a sê-lo só das suas mães... apanhados nas redes que um quase país lhes teceu. ora bolas para este viver placebo.

19.6.08

[a] tirem pedras numeradas

3 (o Carnaval são três dias); 5 (as cinco fases do luto: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação); 7 (os sete pecados mortais: gula, luxúria, ganância, preguiça, vaidade, inveja e ira); 10 (os dez mandamentos que todos conhecemos na pele); 12 (as curas dos 12 passos para alcoólicos, toxicodependente e quem mais apanhar pesos); 17 (o " I aint got seventeen days", Amy Winehouse); 80 (a tia Maria das Dores faz 80 anos hoje!).

18.6.08

o cérebro ainda lá está...

Hoje o dia é de uma jovem de 15 anos, com a qual regateei uma fotografia em vez de um amplexo. Antes de me entregar a "coisa escrita" de hoje que eu comprara, foi correr a tirar fotocópia do texto. Despedi-me dela com um "fizeste-me o dia, hoje". Mesmo que não a tenha compreendido, estou certa que a frase vai entrar numa das folhas pautadas do bloco A5 onde escreve, com verdadeira caneta de verdadeira tinta permanente.


“Um dia acordei com medo da luz. Fosse o consolo de ver-te & quiçá me houvesse erguido. Nesse dia, o meu mundo parou por algumas horas. A tua imagem, inerte, ocupou todo o meu ver. Eras não mais que uma tortura. Mas qual consolo, qual quê? Ver-te? Ora essa! Nesse dia, só os cobertores me consolaram. Poder-te-ia chamar com todo o meu fôlego, mas mas todas as barreiras entre nós por ti impostas impedir-te-iam de ouvir. Seria não mais que um outro grito do meu querer-te a desvanecer. Podias contar pelos dedos todos os passos que já deste na minha direcção, tendo eu por anos & anos corrido mil mundos para ti todas as manhãs. Mas agora a luz feria-me & tu eras só a cura que nunca chegaria. Todo o frio que me atava à cama era só sintoma da falta dos teus braços.”
Kay Worska

17.6.08

são cobras, senhores...

com um avanço para um terceiro mandato, ao estilo re.re.re.avanço porque me pedem, pergunto: será desta que vamos da ofiofilia à ofiofobia? assusta-me que em Coimbra, apesar de serem casca de banana, as laranjas continuem nas ruas...

16.6.08

são lágrimas de Portugal...



cortaram-nos as suíças. e, chiça, já era tempo, parecemos uma colecção de cromos...

13.6.08

tarefas, doces tarefas

ontem,
ao riscar uma mesquinha tarefa da desvairada lista de tarefas que não pára de crescer com tarefas-medusas que não páro de alimentar com filigranas-tarefas percebi que preciso de um autocolante que me diga
"aqui não aceitamos mais tarefas!"
.
outra tarefa,
portanto.

12.6.08

11.6.08

meter uma lança em Coimbra


quando dizemos "meter uma lança em África" estamos a dar conta da dificuldade de uma iniciativa a que nos propusemos. esta Coimbra ainda é merecedora de ousadias?

10.6.08

má raça

Exemplos da raça: "A vida é como o desporto: é bela, nós é que damos cabo dela", dito por Belarmino em "Belarmino", de Fernando Lopes que explicou que este pugilista, que filmou há 44 anos, era uma metáfora da miséria do Portugal de então. E de hoje, acrescento eu.

9.6.08

são tábuas, senhor!


ele prometeu que quando chegasse ao fundo do prato da sopa teria uma surpresa que afinal era o próprio fundo do prato da sopa. tal qual nós e as grandes surpresas que nos somos!

6.6.08

5.6.08

desalinhos


rematou os olhos, rasgou o sorriso de auto-ajuda, arrancou a dentadura, enterrou as mãos no alcatrão-terra e esperou por um transporte público que chegou.

4.6.08

a carne é fraca


e arriscamos as nossas
opiniões/convicções/crenças
com qualquer risco?

carne=100% crueldade

3.6.08

venham mais cinco



e se houver assento com cordial acento todos terão assento nos assentos.

2.6.08

cruzes, canhoto!

desde que o gato preto que passa à nossa frente não o faça enquanto estamos em jejum não há azar!
resta-nos então escolher ter ou não ter um gato preto e/ou comer ou não comer durante a noite.