15.2.08

convite à transgressão






a minha psicanálise são os outros.

2 comentários:

Anónimo disse...

....
Tenho uma visão curiosa da psicanálise.

Sempre a encarei com algum ceptismo, duvido da sua necessidade, mas sobretudo questiono a sua existência formal terapêutica.

É para mim um placebo!

Não nego a necessidade de acções psicoanalíticas, mas situo-as no mesmo patamar que a necessidade de cuidar do corpo.

Se fizermos um paralelismo entre o corpo e a mente, poderemos chegar a conclusão que efectivamente a psicoanálise não "são os outros", mas "é com os outros"!.

Quando desejo tratar do corpo, na sua componente física, faço-o "com outro", ...
Seja num simples passeio higiénico, numa corrida de manutenção, numa exploração de montanha ou numa cacholada no mar,

Quando desejo tratar do corpo, na sua componente mais vísceral, faço-o "com outro", ...
Seja um bom almoço, um excelente jantar, ou um bom e divino dram!

Quando desejo tratar do corpo, na sua componente mais cerebral, faço-o "com outro"!
Seja uma longa conversa, uma "empastelada" discussão, um monólogo a dois, ou simplesmente um diálogo a um!.

Gosto de fazer psicanálise, mas normalmente outro, ...sou eu!.

Anónimo disse...

Porque só pelos outros me vejo como parte do mundo, me percebo por inteiro, posso aceder à minha essência neste tornar-me que sou. Assim, não posso evitar a sua convivência por mais que sejam eles que impossibilitem os meus projectos, dilacerem os meus sonhos... mas sem eles também o próprio projecto fundamental não faria sentido... e que sentido?
Talvez não deixar passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.